Cresci ouvindo minha mãe dizer que “quem fala a verdade não merece castigo” ou então, “a mentira tem perna curta”. Lembro que certa vez, ainda criança, pensei em arrumar pernas de pau para essa tal de mentira baixinha, para ver se ela durava mais, afinal, sempre me ferrei na tentativa de esconder o que fosse dos meus pais. Vendo que não havia outro jeito, assumi a verdade como forma de “perdão antecipado” para os meus erros, já que se eu falasse a verdade, não merecia castigo, não é? E desde então, a verdade me acompanhou. Não vejo isso como negativo, pelo contrário, orgulho-me da educação que recebi dos meus pais. Ainda hoje acredito que a verdade é o melhor caminho a se tomar, porém, como tudo na vida, existem os dois lados...
Há alguns anos cheguei a me identificar muito com um quadro do Fantástico, chamado “Super Sincero”. Durante anos da minha vida encarei o papel daquele personagem (vivido por Luiz Fernando Guimarães) e falava a verdade doesse a quem doesse. Alguns amigos e amigas mais íntimos já sabiam: se não quer ouvir, não me pergunte. E se perguntavam, ah, quando eu via já tinha falado, e muitas vezes magoado.
A vida nos ensina a duras penas, e comigo claro, não foi diferente.
Aprendi com o tempo que a verdade nem sempre é a melhor resposta. Aprendi que, por mais amigos que sejamos, nem eu, nem você estamos prontos para ouvir nossas verdades pela boca do outro. Aprendi que existem certas verdades que nem um grande amigo conseguirá nos falar, e isso não se chama falsidade. Aprendi que quando mal dita a verdade pode se transformar em crueldade. Aprendi que já magoei infinitas vezes falando a verdade. Aprendi que assim como a mentira, a verdade também pode ser um veneno. Aprendi que nem mesmo o espelho de casa me diz a verdade todos os dias. Aprendi que não tenho o direito de destruir a falsa felicidade de ninguém contando-lhe a verdade. Aprendi que em meio a uma discussão, nenhuma verdade deve ser revelada, mesmo que para defesa. Aprendi, ou não, que saber falar a verdade é uma arte. Aprendi por fim que a verdade caminha junto com o discernimento, com a delicadeza nas palavras e com o amor.
Cada palavra tem sua cor, seu gosto, seu cheiro, sua forma. Cada palavra tem seu peso ou leveza, seu ódio ou amor. Assim como nós, humanos, nenhuma palavra é uma coisa só. Somos ambivalentes! Cada palavra tem seu sentimento, e depois de proferida, não há mais volta. Nós sabemos: a verdade dói. E se a nossa dói, porque a do próximo não há de doer?
Uauauauaua!!!VERDADE seja dita:Esse texto foi o melhor de todos...bjus
ResponderExcluirFatiminha...
EU E A JÔ AMAMOS! TUDO MUITO VERDADE O QUE VOCÊ ESCREVEU SOBRE A VERDADE RS. UM BEIJO GOSTOSO
ResponderExcluirSó você mesmo!!!! Alma sincera, amável, companheira e amiga... Lindo!!!!!
ResponderExcluirApesar de tudo eu ainda prefiro a verdade, ela dói bem menos que a falsidade. continue a falar a verdade, sempre... eu prefiro assim !! te amo
ResponderExcluirTudo bem que vc é gentil em dizer as verdades brincando! Verdade é sua qualidade principal, com ela que conquistou minha amizade, e de fato, creio que as palavras sao impares, cada uma com seu tempero, nas suas vejo sazon, AMOR!
ResponderExcluirhahah te amo fer
Vc disse tudo querido amigo...e isso não é um ode à mentira mas um apelo à consciência de que dizer a verdade é beeem diferente de dar a sua sincera opinião sobre tudo, especialmente se considerarmos toda a carga que vem junto com a nossa opinião...
ResponderExcluirAmei demais...um beijo.
P.S. Ia me esquecendo...Você NUNCA me magoou com alguma verdade ;)
Dizer a verdade do que se pensa, sente, vê... é uma arte que realmente precisamos aprender, para que nossos relacionamentos não fiquem na superficialidade.
ResponderExcluirPara o processo de construção da nossa humanidade é fundamental os nossos relacionamentos, pois nos reconhecemos nos relacionamentos. Questionar-se primeiramente, é um ótimo ponto de partida para se chegar a dizer algo a alguém. Muitas vezes não olhamos para o que nos motiva a dizer algo... Penso que quando a motivação é o amor, o querer o bem do outro... vamos ter paciência, esperar o momento oportuno, pensar numa maneira criativa... Eu acho tão bonito ver o amor com que Jesus acolheu a Samaritana, no estado de adultério em que ela vivia, e o amor por ela não a deixou nesse estado mas com criatividade , Jesus pediu que ela chamasse o marido dela e ela caiu em si, não se sentiu acusada...
Mas quando não conhecemos uma pessoa, uma situação ou não gostamos de alguém, temos raiva, inveja... enfim penso ser mais útil não falar.
Fer, a sua exposição foi muito válida pois me fez refletir bastante. Obrigado, um forte abraço!!!
Fantásticas palavras, Fer!
ResponderExcluirki bacana Ferrrrrrrrrrrrrr...te amo vc! Deus o abençoe meu irmão e amigo.
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