terça-feira, 30 de outubro de 2012

Canção do amanhecer...


Mesmo quando o céu escurecer,
Eu vou buscar as estrelas e te trazer,
Um lindo sorriso pra iluminar
Esse seu rosto lindo, seu olhar.

Eu não vou te abandonar jamais,
E isso porque eu te amo demais,
Demais ao ponto de não poder viver
Um minuto sem você, é quase morrer.

Nós dois podemos ser felizes, só basta crer,
Eu e você unidos, juntos, em cada amanhecer.

Só eu transformo a tua dor em prazer,
E te prometo que assim sempre vai ser.
Me deixa sentir seu corpo quente, cheiroso,
Te falar palavras de amor, ser carinhoso.

Deixa tudo pra traz, me dê à mão,
Eu quero ser teu, te dar meu coração.
O passado de dor acabou, vem sem medo,
Eu vou te amar como ninguém, sem segredo.

Nós dois podemos ser felizes, só basta crer,
Eu e você unidos, juntos, em cada amanhecer.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Os erros dos outros.





Sim, é realmente muito fácil apontar os erros dos outros. Temos uma facilidade, uma agilidade indescritível em reconhecer o que o outro fez que, além de não nos agradar, julgamos rapidamente como errado; sem avaliar que nosso conceito de certo ou errado é – 99% das vezes - diferente do outro, já que não tivemos a mesma criação, não recebemos a mesma educação, mesma cultura, e principalmente possuímos caráter e personalidades diferentes. Não fomos moldados tal cubos de gelo, todos iguais na grande maioria, não. Somos feitos das diferenças, e são elas que nos enriquecem e nos tornam únicos.
Principalmente no trabalho isso é fácil de reconhecer. Quantas vezes nos pegamos criticando ações e reações de colegas, dizendo nos café e intervalos – ou mesmo durante o trabalho – que “aquilo” poderia ser feito diferente. Que aquela reação foi demasiada desproporcional ao fato, que ele não tinha o direito, que ela não deveria ter falado, que o patrão não é um bom líder, et cetera.
O que me faz refletir sobre o assunto? Primeiro porque me coloco no meio do balaio, e assumo que muitas vezes sou eu o primeiro a apontar, criticar e julgar. Trabalho em um ambiente feminino, cercado de mulheres e comissões, ou seja, a fofoca é certa. Creio também que na maioria das vezes a crueldade não é o principal fator que nos move, somos mesmo engolidos pela ânsia de sermos melhores, pela competitividade, até nas pequenas coisas, pela inveja. Queremos, na grande maioria das vezes, chamarmos a atenção para a ilusão de que nós sim somos ideais, “perfeitos”, e iremos com certeza, se tivermos oportunidade, fazer “isso” melhor do que “aquilo” que o outro fez.
O segundo motivo, o inspirador, foram as fotos desta postagem que recolhi no Facebook. Eu concordo, o trânsito de Assis está complicado, em postagens anteriores já falei sobre os semáforos e as primeiras mudanças. Mas acredito que isto seja somente uma fase, e que em breve veremos melhorias. Mas o que me fez refletir foi o seguinte: o trabalhador que foi responsável pelas instalações das placas (das fotos) não tinha o direito de errar?
Todos nós temos o direito de liberdade de expressão, e não tiro – quem sou eu pra isso – o direito de quem tirou e postou a foto. Acredito ainda que a principal ação que moveu meu amigo a tirar essa foto – sim, foi meu amigo quem tirou uma das fotos, e falo porque o conheço – foi na intenção de fazer piada com as coisas que realmente parecem acontecer só em Assis. E assim é, que a legenda da foto original é “Coisas que só acontecem em Assis”.
O que me deixou incomodado foram alguns comentários maldosos, de pessoas que compartilharam as fotos, cheias de prepotência e falta de respeito.

 Vergonha alheia com esse bando de incompetentes...”
“É O FIM DO MUNDO”
“Assis não é ruim, a má administração é q acaba com ela!”
“BARBARIDADE!”
“Assis terra da competencia”
“Pode ter serteza assis continuara sem direção”
“Meu Deus!!! Inacreditavel!”
“É a blz de transito e a coordenação de direção é melhor ainda”
“TERRA DO NUNCA [...] Isso, na verdade, é pouco perto do que encontramos por lá.”
“Essa porra é perto da minha casa...”
“Engenheiro de trânsito daí deve ser uma assumidade em estragar o que tá certo”
“Lamentável”

Lamentável mesmo são os erros de ortografia. Ou serão apenas erros de digitação?
Qualquer mudança é caótica se não estivermos prontos e abertos para ela, e aí as coisas ficarão piores do que realmente parecem ser. Mudar é transformar, é alterar, é sair do comodismo e partir para a ação. As mudanças, mesmo que exteriores refletem em nosso interior, consciente ou inconscientemente. No caso de mudanças no trânsito precisamos realmente usar mais o cérebro, afinal, para chegarmos ao destino desejado, não iremos mais percorrer o mesmo caminho, isso gera – ou pelo menos deveria gerar – cautela, raciocínio e atenção. No caso da foto, sim, as placas podem gerar confusão, mas... O trabalhador “Sr. Colocador de Placas” não tem o direito de errar!?
Antes de encerrar gostaria de deixar aqui minhas desculpas ao meu amigo fotógrafo, não quero lhe causar nenhum desagrado, entendo perfeitamente seus motivos, e por lhe conhecer, sei que tudo não passou de uma brincadeira com o tão comentado “trânsito de Assis”, talvez se não fosse você, pudesse ser eu o autor da foto. Não critico a sua ação, critico os comentários maldosos de pessoas – acredito eu – perfeitas.
Para mim, “o fim do mundo” vai muito além de um Sr. instalar uma placa nova e esquecer de tirar a antiga, mesmo que esteja uma ao lado da outra.

Consideração final: Sim, mesmo não sendo fácil e agradável, eu aceito críticas, desde que elas não me ofendam.


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

DDD - Dicas do Divã...

Que tal dicas para deixar esta sexta feira quente e seca cheia de vida, alegria e cultura? ;)
L i v r o

A Mulher que Escreveu a Bíblia”, de Moacyr Scliar.
Já imaginou se isso fosse realmente verdade? É assim que Scliar “brinca” com essa “louca” (ou não) possibilidade. O livro foge dos padrões normais e conservadores – característica própria do autor – e fala, sem pudor algum, sobre a aventura da protagonista anônima que casa-se com o Rei Salomão.
O romance se baseia a partir de um detalhe não tão pequeno e muito notório: a feiura excessiva da protagonista, que descobre por meio de terapia de vidas passadas que foi filha de um pastor de cabras do deserto, e por ser a primogênita, torna-se uma das setecentas esposas de Salomão. Como é a única alfabetizada, recebe do marido a responsabilidade de escrever um livro que perpetue a história do “nosso povo”.
A linguagem, ora escrachada, ora formal, faz o enredo tornar-se engraçado e atraente, afinal, se já não estava fácil para ela ser feia nesta vida, imagina ser feia também na vida passada; e ter a triste sina de perder a virgindade com uma pedra, no fundo de uma caverna escura.
O livro aborda, com humor irreverente, questões e “problemas” que eu ou você já nos deparamos ao longo do caminho... Beleza (ou a imensa falta dela), solidão, independência, sexo (ou a imensa falta dele), família, casamento, traição e exclusão. De forma leve e com a imaginação solta, passeia pelo sagrado e o profano, sem assustar até mesmo a mais beata da paróquia (e se caso ela se assustar, ai tem!).
(Meus agradecimentos à Cláudia Pimentel, dona deste delicioso livro, que permitiu um dia que o mesmo saísse da sua estante para um longo passeio. E também à Luciana Campana e Rafaela Paludetto, que de um jeito meio torto e certeiro, fizeram com que o livro viesse parar em minhas mãos. Obrigado amigas!)

A Mulher que Escreveu a Bíblia
Autor: Scliar, Moacyr
Editora: Cia. das Letras
Ano: 1999
Número de Paginas: 216


M ú s i c a

Marisa Monte. Álbum:O que você quer saber de verdade
Sim, ela é capaz de se reinventar em arranjos, melodias e em letras profundas, que nos aproximam da realidade sem deixar de lado toda poesia dos assuntos abordados neste novo Cd.
Faixas como “Ainda Bem” e “Depois” você com certeza já deve ter ouvido, e arrisco dizer, se encantado; ainda mais se teve a oportunidade de assistir ao clipe em preto e branco de “Ainda Bem”, onde ela dança com o lutador Anderson Silva. A letra da música por si só bastaria, mas não, a junção de som e imagem, neste caso, foi fundamentalmente perfeita.
Fico impressionado com o sucesso sempre contínuo de Marisa Monte, mesmo sem o apelo da mídia e a presença em programas de auditórios, ela se mantém no auge.
Fora as duas músicas citadas, todo o álbum vale a pena ser degustado. Experimente começando por “Aquela velha canção”, “Hoje eu não saio não” e “O que você quer saber de verdade”.

“Confesso que fiquei magoado, eu fiquei zangado,
Mas agora passou, esqueci
Eu não vou te mandar pro inferno porque eu não quero
E porque fica muito longe daqui...”
[Aquela velha canção]


 “Faça sua dor dançar...”
[O que você quer saber de verdade]

Aproveitem! Tanto um quanto o outro valem (e muito) nosso precioso tempo. Nada melhor na correria em que vivemos, parar e prestigiar um bom livro e uma boa música.
Bom final de semana!

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Seu coração junto a mim...


Tenho medo da solidão.
Medo do escuro do teu olhar,
E quem sabe um dia não mais...

Quero seu coração junto a mim.
Minha alma colada à tua, e assim,
E só assim, contemplar a felicidade inatingível.

Quando eu fechar os olhos
Preciso da segurança do seu toque,
Sentir suas mãos sobre meu corpo quente.

Venha, acredite em mim,
Há amor em minhas palavras e
Verdade em meus sentimentos.

Venha, acredite em mim,
Você foi o sonho mais lindo que já vivi,
E assim é e foi por ser simplesmente... você!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Gripe (mascarada de descaso) mata!


É engraçado como temos uma falsa segurança de que “isso nunca vai acontecer comigo”. Eu mesmo sou assim. Acidentes graves ou doenças que são faladas em Jornais ou demais meios de comunicação, raramente vão chegar até mim. Mesmo tendo amigas que trabalham na saúde e alertam do perigo; mesmo sendo bem “medroso” (e isso só minhas irmãs vão entender) teimo em acreditar nisso ou naquilo. O que acabo de descobrir ser um GRANDE ERRO!
Estou um pouco chocado. Acabo de voltar do velório de uma amiga muito querida: Iza (Marilza Orácio), que até onde sei, é a quarta vítima aqui em Assis da Influenza A H1N1 (comumente conhecida como Gripe Suína).
Nós nos conhecemos quando trabalhamos juntos na OAB, em 2004, e desde então, mesmo com pouco contato nos últimos anos, ainda nutrimos um carinho enorme um pelo outro. Esse carinho é resultado de uma época em que ela me ajudou muito, cuidando de mim e da minha casa como se fosse um filho (foi quando fui morar sozinho pela primeira vez).
Confesso que nunca procurei saber sobre os sintomas e estragos dessa “Gripe”. Em conversa com uma das filhas da Isa, ela contou que a doença vai tomando conta dos órgãos... Afetou primeiro pulmão, depois os rins (o que resultou em inúmeras sessões de hemodiálise) e por fim o coração, que não agüentou um ataque cardíaco. Ela foi internada com fortes dores na cabeça, febre alta e tosse carregada. Desde a internação até hoje, foram apenas 16 dias, ou seja, gripe é apenas apelido, este vírus é devastador!
Também fiquei sabendo que em algumas “UBS’s” estão sobrando vacinas e em outras somente com atestado médico, para “grupos de risco”. Mas por que, se já é considerado epidemia (ou até mesmo pandemia) a vacina não é disponível e obrigatória a todos? Ah sim, porque temos que construir estádios e ginásios para a Copa do Mundo, tinha me esquecido. Também porque temos que colocar dinheiro na cueca de uns e no bolso de outros. Porque temos que pagar “ajuda de custo” para políticos que ganham até 15º salário. Porque temos que superfaturar uma reforma aqui, outra ali, et cetera.
Vá em paz querida Iza, tenho fé em Deus que você já está no céu, pois foi uma pessoa boa com todos que cruzaram seu caminho... uma boa mulher, boa esposa, ótima mãe, avó e amiga! Rezo pela sua alma e pelos seus que ficam e que sofrem a dor da despedida. Rezo também pelo fim de toda injustiça que pessoas boas e inocentes como você foram vítimas. O que te matou não foi somente um vírus, foi o descaso com a saúde e educação. #VergonhaDeSerBrasileiro.


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Sim, é tempo de aridez...

Há tempos...

Há tempo de rezar, de amar incondicionalmente...
Tempo de falar sobre Deus e tempo de ser infiel...
Tempo de calar e de ser acusado...
Tempo de pensar, de tomar decisões arriscadas...
Tempo de sair, de boemia, de aproveitar o bom de viver...
Tempo de cantar, de ser feliz e desejar toda essa felicidade...
Tempo de sentir gosto pelas coisas simples da vida, ou não...
Nestes últimos dias; sim, é tempo de aridez.
Aridez das palavras...
Aridez de sentimentos e razões...
Aridez de sonhos e desejos...
Aridez de humor, bom ou mau...
Aridez de contato, de pele...
Aridez na alma e no coração.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Quando eu digo Deus...


Quando eu digo Deus estou lhe desejando paz,
Pensando em coisas boas e acreditando nelas.
Professo minha fé, creio em Sua misericórdia e
Espero Nele que o amanhã seja mais lindo e leve que o hoje.

Quando eu digo Deus digo que confio em Sua justiça,
Digo que reconheço que nossos tempos são diferentes,
Que só lutando serei merecedor de vitórias,
E que só ao lado Dele alcançarei a graça de ser bom.

Quando eu digo Deus estou proclamando que Ele é meu farol, porto seguro.
Estou dizendo que me sinto amado, feliz,
E que assim preciso seguir, buscando meu caminho,
Mas nunca me esquecendo Dele, Senhor que dá a vida.

Quando eu digo Deus, digo amigo, Pai e às vezes Irmão.
Digo que Ele está sempre comigo, e não sentado numa nuvem qualquer,
E que mesmo às vezes eu me esquecendo de tudo isso,
Sei que estou sendo cuidado, e que Ele... Ele nunca me esquece.

Quando eu digo Deus estou dizendo que sou eternamente grato
Pela família que Ele me concedeu,
Pelos amigos que Ele fez com que eu conhecesse,
E pela vida, que mesmo difícil, é a maior prova do Seu amor por mim.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Quem é você?

Não. Eu não tenho distúrbio de personalidade, pelo menos não tenho os sintomas. Também não vivo a sombra de pessoas ou ídolos, fingindo ser quem não sou. Minha personalidade não é nada fraca, pelo contrário. Sendo assim, sei bem quem sou; mas devo confessar que sempre tive reservas com as perguntas do tipo “quem é você”, seja para uma simples redação na época escolar ou para uma entrevista profissional.
Como descrever em poucas linhas quem eu sou? Impossível, eu sou tantas coisas, e isso também depende de como e onde eu me encontro.
Se estiver em uma igreja, por exemplo, eu sou silencioso, atencioso, temente e procuro repor minhas energias do “setor” espiritualidade. Já se estou em uma festa, sou pura descontração, gargalhada, sou também observador, simpático, e ando compulsivamente por todos os lados. Se estiver em uma super festa, “open bar” quem sabe, posso até ser alcoolista por algumas horas.
Se estiver sozinho penso, penso, penso e penso. Sou leitor, dor e amor. Sozinho sou o que talvez quisesse ser e tenho medo, sou música, poesia e alegria. Ou tristeza. Quando estou com amigos sou companheiro, sincero, brincalhão, conselheiro, e aproximo-me da quase profissão de psicólogo. Já se estou diante de pessoas desconhecidas, sou tímido e travo.
Se estiver feliz sou paz e amor, rock and roll, sou All Star nos pés, bermuda, e mochila nas costas. Triste eu sou lágrimas, dor que dilacera o peito e parece não ter fim. Quando sou triste ganho inimigos, e me volto contra o tempo, contra Deus, contra a sorte e meu destino.
Cantando no chuveiro eu sou a Christina Aguilera, dono do maior fôlego do mundo, afinado, com o tempo musical exato e além de tudo, com uma linda voz.
Se estiver assistindo um filme que gosto, “Amélie Poulain” por exemplo, sou filósofo, crítico, detalhista e amante da arte do cinema. Quando estou lendo eu sou turista em terra nova, viajante sonhador, sou criança descobrindo novas palavras, sou recanto, ilusão segura, sou barco a vela e vou para onde a ventania da poesia me levar.
Se estiver nervoso sou grosseiro, irônico, arrogante e chego ao ponto de me tornar insuportável. Com medo sou cauteloso, frágil, carente e desenvolvo dons de premonições (e isso só a minha irmã mais velha será capaz de entender).
Se o assunto é política ou futebol vou logo avisando, sou ignorante, burro, um completo idiota; deixo claro que detesto futebol, que não torço nem para o Brasil em Copa do Mundo e que voto por obrigação. Depois levanto da mesa e não volto àquela rodinha nas próximas horas.
Existe também a explicação óbvia de quem eu sou: filho dos meus pais, irmão das minhas irmãs e tio dos meus sobrinhos. Agora uma coisa que eu não sou mais é neto, e quando penso nisso sou a pessoa mais triste do mundo. Uma característica notável também descreve quem sou, e às vezes serve até como ponto de referência de pessoas deselegantes: sou gordo.
Se estiver na internet, sou caça talentos, procurando novas músicas, novos blogs, novos escritores. Na internet também sou mentiroso. Ah, na internet todos somos mentirosos, afinal, eu e você nunca fomos tão bonitos, intelectuais e humoristas como somos agora depois da criação do Facebook.
Agora, se eu estiver sonhando ninguém me segura... sou uma águia e vôo alto, livre. Corro como um tigre; ando sobre as águas; alimento-me de nuvens e posso até tocar o céu. Quando sonho sou a realização do inconsciente, misturado ao consciente e todas as mais loucas aventuras e desejos reprimidos. Posso ser um descobridor de tesouros perdidos, um mochileiro à la Che Guevara, um pirata, um grande compositor, um cantor, um ator dos filmes do Almodóvar, ou quem sabe até um diplomata. Ontem por exemplo eu era candidato a Deputado Federal, aliás, está ai uma coisa que tenho certeza e espero nunca ser!
Quanto ao sentir, sou intenso. Se for para chorar, que seja soluçando. Se for para rir, que sejam gargalhadas. Se for para dormir, que chegue a doer as costas. Se for para comer, que seja o pé da mesa. Se for para dançar, que seja até o chão. Se for para amar, que seja até a última conseqüência. Se for para esmagar, que seja com as próprias mãos, sendo assim, só tenha cuidado quando o assunto for ódio.
Ninguém é uma coisa só, somos um misto de bondade e maldade, escolhas e conseqüências, alimentos, palavras e sentimentos, números, sangue, ações e reações.
Sou aquilo que vejo quando fecho os olhos, e sigo descobrindo mais e mais quem realmente eu sou. Sou o que quero ser hoje e ponto. Amanhã... amanhã serei outro talvez.
Já você... Quem é você?


 Sou o que quero ser hoje e ponto. Amanhã... amanhã serei outro talvez.

quinta-feira, 22 de março de 2012

A beira de um ataque de nervos...

"O Grito" - 1893. Edvard Munch.

Sabe aquela tristeza incalculável,
Aquele vazio no peito do tamanho do universo,
Lágrimas e mais lágrimas sem real motivo;
Sabe aquele sentimento profundo de abandono?

Sabe aquela vontade de comer um caminhão de chocolate,
Aquele arrepio só de pensar no trabalho,
Sabe aquela dor que parece não ter fim,
Aquela angústia que te consome a cor e a alma?

Sabe aquela aversão a qualquer tipo de responsabilidade ou obrigação,
Aquele sentimento de impotência e desvalorização,
Sabe aquele maldito espelho que só te diz a verdade,
E a vontade louca e sem explicação de que tudo se exploda?

Sabe aquele tom de despreocupação com o mundo,
A sensibilidade a flor da pele até nas coisas banais,
E aquele desejo de gritar, gritar e gritar mais alto,
Sabe né? Sim, estou de TPM!

"Mulher sentada com joelho dobrado" - 1917. Egon Schiele.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Dia da Poesia...

Neste quatorze de março, Dia da Poesia,
Queria mesmo era fazer um lindo verso de amor.
Mas o sono é tanto e há preguiça em demasia,
Que escolhi um verso com mais esplendor;
Não meu, de outro Fernando. Com vocês um pouco de “Tabacaria”:

“Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
[...]
Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.”
Álvaro de Campos, 1928.


Parabéns Poesia! Que você seja eterna...
Obrigado por trazer COR para minha vida,
cheia de momentos e sentimentos em
preto e branco!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Redução Necessária.


É engraçado como de uma simples frase, minha e de outros, surgem idéias muito loucas em minha mente, e então, passo horas pensando nessas bobeiras.
Esses dias postei no Facebook: “Queria muito fazer operação de redução... de preguiça! Tem como? ;D”. Uma amiga disse que queria mesmo era redução de estômago, outra disse que iria pesquisar sobre, e uma terceira disse que queria redução de pensamentos... Redução de pensamentos? Em seguida respondi o comentário: “Redução de pensamentos? NUNCA!”.
Como pode alguém querer não pensar? Como seria se pensasse metade do que penso? Eu adoro meus pensamentos, o que seria dos meus momentos sem eles? E das minhas bobas poesias? Bem, já dizia Caetano que “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.” Traduzindo, cada um sabe o que pensa, e o quanto isso pesa ou dói. Acredito que essa amiga esteja pensando demais, e passando por momentos de tomadas de decisões, que são os que mais exigem esforços do nosso cérebro. Ai sim, perdoada, reduza mesmo o ritmo dos pensamentos, espero que você consiga. Eu nem tento isso, quanto mais tento, mais penso, quanto mais penso, mais tento pensar. Não é à toa que tenho dificuldade de concentração. Meditação é uma palavra que ainda não consegui colocar em prática.
Não, eu ainda prefiro a redução de preguiça, ou de estômago mesmo... Ah, também cairia bem um redução de carga horária, redução de contas a pagar, redução de saco cheio, redução da distância das pessoas que amo, e de uma em especial, redução do calor, redução do preço de livros e CDs, redução do mau humor matinal, redução da falta de paciência, redução da minha tolerância zero, da minha irritabilidade com repetições, redução da minha gula, da minha depressão de domingo, do meu tom às vezes mais que irônico, redução do meu vício em Facebook e Youtube, redução das minhas bugigangas na estante e principalmente a redução do vazio em certos momentos...
Para alguns eu desejaria a redução da inveja, da competitividade, da cara de pau, redução da fofoca, redução de idiotices no Facebook, redução das frases ofensivas, redução das brincadeiras sem graças, redução do tempo que gastam cuidando da vida alheia...
Para o mundo, a redução da fome, redução da falta de oportunidades, redução da falta de educação, saúde, moradia, redução de guerras, redução do capitalismo selvagem e cego, redução do poder dos “poderosos”, redução dos salários dos vereadores aos deputados ou governadores, senadores e o escambau, redução do egoísmo, redução da carência, redução das fobias às diversidades, redução da violência barata, violência doméstica, redução dos animais em extinção, redução da falta de bons costumes, também em extinção...
Pense, ou no caso da minha amiga, não pense. Mas reduza. O mundo está transbordando de coisas que você deveria jogar fora (e não por aí, mas sim no lixo!). Nós só damos ao próximo daquilo que o nosso coração está cheio!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulheres, Mulher, Princesa... Parabéns!

O que falar sobre as mulheres neste dia internacionalmente dedicado a elas? Eu poderia passar a noite escrevendo suas conquistas e o espaço alcançado. Falar sobre a importância da mulher no lar e no mercado de trabalho. Sobre o direito ao voto e nossa primeira Presidenta. Discorrer linhas e mais linhas sobre vitórias regadas com muita doçura, garra e amor. Ou então sobre o respeito conquistado à duras penas em todos os setores e sobre a arte de fazer 1000 coisas ao mesmo tempo.
Eu poderia falar sobre as mulheres que admiro, sobre Lya Luft, Clarice Lispector e a contemporânea Fernanda Mello. Poderia falar sobre aquela que me faz ter vontade de passar o resto da vida ouvindo só a sua música: Adele. Eu seria muito feliz se falasse sobre minha Vó Lourdes, guerreira até nos últimos segundos de vida, e contar as lutas que enfrentou para criar, educar e amar seus 4 filhos, 15 netos e até onde sei 10 bisnetos. Poderia falar ainda do quão especial minha mãe é para mim, do amor imenso e da capacidade de doar-se por completo a quem quer que seja. Falaria com orgulho das minhas irmãs, que são apesar de todas nossas diferenças, alicerces fundamentais da construção do que sou hoje. Ah, eu falaria com um sorriso largo no rosto falar sobre as minhas amigas...
Apesar de todo mérito e reconhecimento, não, hoje não falarei sobre nenhuma delas. Cada uma tem seu espaço conquistado no mundo e no meu coração. Hoje falarei sobre uma princesa que está aprendendo a ser mulher, e desconhece a gíria popular “estar de Chico”, uma vez que ainda nem “virou mocinha”.
Quando nasceu, há mais de 10 anos, eu estava saindo da adolescência, e talvez não tivesse a real noção do quão importante ela seria em minha vida. A partir daquele dia eu não era mais “Fer” em minha família, assumi um substantivo que hoje me enche de orgulho e felicidade ao ouvi-lo: Tio Fer!
Mas, falar sobre suas qualidades seria covardia, afinal, sou mais que suspeito, e ela não passa de uma criança, cheia de qualidades ou então em alguns momentos, cheia de bobeiras típicas da idade. Quer saber a verdade, não ligue para as loucuras do seu Tio doido, conserve suas bobeiras, um dia, quando grande, você vai precisar recorrer à inocência da infância. Eu poderia também falar horas sobre a capacidade que ela tem de me fazer sorrir, tirar de mim uma gargalhada de um jeito tão especial que só ela sabe fazer. Juro, semana passada chegamos a perder o fôlego dentro do carro de tanto rir um do outro. Rindo, ela gritava: “Eu vou morrer de tanto rir!”. Assim sendo, me resta parabenizá-la e enumerar alguns votos...
Minha amada sobrinha Luana, parabéns pelo seu dia, Dia Internacional da Mulher. A você desejo que o mundo seja leve e gentil. Desejo que você se torne uma pessoa honesta e justa, e que escolha pessoas assim para estarem ao seu lado. Desejo que tenha muitos amigos, mas que uma seja especial, e que nela você possa confiar. Haverá inimigos, mas que você seja integra e fina, ignore-os. Desejo que tenha muitos namorados, e que nunca esqueça o seu primeiro amor. Se caso ele já existir, viva-o, você tem o direito de pensar que o amará para sempre, que ele é o homem da sua vida e que morreria por ele se preciso fosse... eu, sua mãe e sua tia já fizemos isso e estamos vivinhos da silva. Continue com as aulas de violão e de canto, isso deixará sua alma mais sensível e sua mente mais aberta. Aberta... sim, esteja aberta as diversidades, respeite o próximo na sua amplitude e veja que ser diferente às vezes pode ser dolorido para quem é, e que talvez pessoas precisem da sua ajuda. Desejo que tenha uma cama Box, é ótima, e quando estiver cansada, além de deitar, que você tenha fé e força para recomeçar. Que a cada nascer do sol você possa ter a certeza de que fez o seu melhor, e não durma sentindo culpa, por nada. Que a cada amanhecer um novo ar, puro, traga ao seu coração a certeza de um dia melhor. Quero que o mundo continue colorido quando estiver no auge dos 30 anos, e que você não se importe em fazer 30 anos. Seja tolerante aos erros, seus e dos que estão ao seu redor. Desejo que você realize-se profissionalmente, tendo sucesso na profissão que escolher, mas que acima de tudo, sinta-se feliz em executá-la. Que a tristeza, certeira em muitos momentos, seja rápida e passageira. Quero que você tenha o privilégio de escutar os pássaros e saber dar valor a natureza. E se for do seu desejo, que você case com um homem bom, honesto e companheiro, que você seja feliz ao lado dele e construa uma família linda, com 2, 3 ou 5 filhos. Que mesmo muito ocupada, você esteja sempre presente na vida da sua família, e lembre-se sempre de dar atenção aos seus pais, avós e claro, tios. Enfim, que amor e felicidade sejam sentimentos constantes em sua vida... tome uma dose de cada um deles todo dia em jejum, e depois sim vá viver.
Seja como for, onde for, sempre estarei torcendo por você... Sempre estarei esperando por você... Sempre estarei ao seu lado... Sempre terá meu apoio, conforto e ajuda... Sempre será e terá meu eterno amor. A você, pequena mulher dos meus dias... Parabéns!


        

E a todas as mulheres... Parabéns.
Obrigado por trazerem cor, amor e sabor ao mundo!

sábado, 3 de março de 2012

#Top10 - 10 músicas p/ beijar na boca!


Um beijo vale mais que 1.000 palavras, aliás, mais que 10.000 palavras. Assim sendo, um beijo acompanhado de uma bela canção não tem sequer valor a ser comparado. Por isso hoje, mais que inspirado, decidi selecionar minha trilha sonora para bons momentos a dois. Um beijo pede uma música, e essas músicas pedem muitos beijos!
Então, let's go, aperte o play e beije, beije muito. O beijo alimenta alma de amor e cura dores que você bem pode imaginar.

#1 - Jason Mraz - I Won't Give Up

#2 - Joan Osborne - One of Us

#3 - Ivete Sangalo - Eu Nunca amei alguém como eu te amei

#4 - The Corrs - Only When I Sleep

#5 - Goo Goo Dolls - Iris

#6 - Sarah McLachlan - Angel

#7 - Whitney Houston - I Will Always Love You

#8 - Guns N' Roses - November Rain

#9 - Lady Antebellum - Just a Kiss

#10 - Adele - Someone Like You

“Just a kiss on your lips in the moonlight
Just a touch in the fire burning so bright”
Lady Antebellum


domingo, 26 de fevereiro de 2012

Tédio é para os fracos.

Tédio é para os fracos...
Eu tenho mesmo é muita coisa para fazer!
Ainda preciso acabar de ler “Abandonada no Campo de Centeio”, de Joyce Maynard. Preciso arrumar o guarda roupas. Montar um mural de fotos que há mais de um ano estou planejando. Assistir todos os filmes da série Harry Potter. Organizar meus CDs. Comprar um suporte de copos. Contratar um eletricista. Visitar alguns amigos, como a Rose, a América, a Tájuli, a Lúcia, a Paty e o Thi. Lembrar de colocar leite na geladeira. Lavar meu edredom. Emoldurar alguns quadros. Escolher quais quadros emoldurar. Procurar meu DVD do Roxette. Organizar, reler e descartar alguns papéis, textos e recortes guardados em 3 caixas de camisa. Dar um fim nas luzes negras que comprei para o meu aniversário de 22 anos.
Tédio é para os fracos...
Preciso comprar água sanitária. Uma nova esponja para banho. Jogar fora um chapéu caipira que usei uma única vez em uma festa-quase-junina. Criar coragem e fazer um curso de inglês. Dar mais atenção aos meus pais. Preciso rezar mais. Parar de dar mancada e encarar o paintball. Preciso guardar mais dinheiro. Preciso guardar algum dinheiro. Criar o hábito de não colocar infinitas roupas sobre o sofá. Jogar fora algumas bugigangas com enorme peso sentimental. Lavar 2 tênis. Dar mais atenção a alguns assuntos do cotidiano. Assistir do episódio 1 ao 94 de “Sex and the City”. Arrumar a pasta de músicas “Dance Anos 80”. Parar de economizar “bom dia”. Preciso caminhar. Beijar na boca. Beijar a boca. Comprar uma máquina fotográfica decente. Fazer um mini curso de Photoshop ou Corel Draw. Aprender a fazer omelete igual ao da Lu. Cadê o controle? Preciso mudar de canal.
Tédio é para os fracos...
Preciso marcar consulta com um Dermatologista; que não seja de Assis. Guardar os prendedores de roupa no seu devido lugar. Livrar-me de alguns cabos USBs. Preciso acordar 5 minutos mais cedo, ou pelo menos não usar o dispositivo “soneca”. Baixar algumas músicas, como a última da Marisa Monte. Preciso trocar minhas moedas. Marcar com a Fá para assistirmos o DVD do espetáculo Alice. Comprar paramentos para fazer café. Assistir o último episódio de “I Hate My Teenage Daughter”. Levar para o conserto 1 tevê e 1 ventilador. Visitar meu dentista. Fazer uma planilha de contas. Controlar mais meus impulsos consumistas. Trocar o blackout da porta do meu quarto. Comprar um novo protetor solar. Aprender a usar todas as funções do Excel.
Tédio é para os fracos...
Tenho que encher a garrafinha de água. Preciso beber mais água. Trocar a pilha do meu quase abajur. Consertar o pau de dentro do guarda roupas onde penduro os cabides. Preciso criar o hábito de escrever mais a mão. Comprar um livro da Fernanda Young, e lê-lo. Baixar alguns vídeos da Adele. Terminar de escrever o texto sobre amizade. Reler algumas histórias da mitologia grega. Ver a lista dos indicados ao Oscar desse ano. Aprender a tocar gaita. Decidir de uma vez por todas se meus DVDs vão ficar nas suas respectivas caixas ou no porta DVDs. Estilizar meu velho All Star. Preciso perdoar uma grande amiga. Preciso primeiro encontrar essa grande amiga. Devolver os livros da Bárbara, da Tia Lúcia, da Inglids, da Carol, da Martha, da Sheila, da América, da Tati, da Luana, da Mariana... meu Deus! Ufa... Tédio é para os fracos.

“...e eu nasci com tédio aos fracos.” [Machado de Assis]